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Alunos de Pelotas representam o RS em competição de empreendedorismo
Com a elaboração de um biodigestor, pensado para produtores rurais, estudantes estão na semifinal do Inspira Tech, em Brasília
Divulgação - DP - Projeto transforma matéria orgânica em energia
Por Victoria Fonseca
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(Estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça)
Após dois anos de dedicação no desenvolvimento de um projeto multidisciplinar, cinco alunos da Escola Sesi Pelotas irão representar o Rio Grande do Sul na semifinal do Inspira Tech, em Brasília. O protótipo de um biodigestor que combina inovação e empreendedorismo está entre as nove melhores iniciativas do Brasil. Na próxima semana, os estudantes embarcam para a competição, que ocorre entre os dias 13 e 17 de fevereiro.
A promoção de novas ideias de negócios aliada ao objetivo de potencializar o aprendizado em diversas áreas do conhecimento por meio do desenvolvimento de um projeto foi o que motivou os estudantes a trabalharem no biodigestor durante o 2º e 3º anos do Ensino Médio. Ao longo da competição, foram várias etapas com missões que deveriam ser cumpridas, como construção de pitchs (apresentação da ideia), coletas de dados, elaboração de plano para transformar o projeto em produto, entre outras metas.
Conforme Cassiano Bussatto, professor que auxiliou durante a elaboração do projeto e que irá acompanhar os alunos na semifinal, a inscrição na competição tinha como propósito fomentar a ideia de empreendedorismo nos estudantes. "A ideia é que na participação desse evento a gente conseguisse inspirar os alunos a empreender." Além das aulas na escola, ao longo da elaboração da ideia, a equipe contou ainda com monitorias ministradas pelo Sebrae com foco em desenvolvimento de produtos.
Um dos integrantes, o aluno João Pedro Lima, 17, ressalta que as expectativas do grupo estão altas devido a todo esforço empreendido no projeto. "Pretendemos nos classificar", resume. Ele explica ainda que há planos para uma nova etapa de implementação do biodigestor: em formato digital. "Mesmo sendo um projeto que envolve muito trabalho físico, protótipo, testes e tudo mais, a gente quer implementar no projeto o crédito de carbono, que vem se tornando muito importante", projeta.
Já o estudante Paulo Oliveira Jr., 17, afirma que o Inspira Tech foi essencial para o desenvolvimento do projeto em razão das orientações fornecidas pela participação na competição. "Elevou o projeto para outro patamar porque encaixou com a economia e indústria 4.0."
O projeto
A criação de um biodigestor foi planejada pensando nos produtores rurais. O protótipo serve para a decomposição de matéria orgânica, transformando os compostos em gás para a conversão em energia e, nesse caso, os materiais oriundos dos processos da agricultura são ótimas matérias para o processo.
"Os produtores rurais, a partir das lavouras, colocam dejetos fora, como restos de pastagem, casca e arroz, silagem e tudo começa a liberar gás a partir da decomposição", explica o professor Bussatto. A produção dos gases começou em pequenos recipientes e agora já está sendo preparada em um galão de 200 litros.
A competição
Durante os três dias do Inspira Tech, os estudantes contarão com monitorias diárias de profissionais no auxílio para a apresentação do projeto na semifinal, que ocorrerá no dia 16. Caso a equipe seja selecionada para a etapa final, terá que fazer as malas novamente, dessa vez para São Paulo, onde ocorrerá a última avaliação.
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